Reunião ocorreu em Belo Horizonte e contou com a presença de representantes do MPF e MPMG
No dia 11 de abril de 2024, um grupo de pessoas atingidas de Governador Valadares (Território 4) e Conselheiro Pena (Território 6) estiveram na sede da Fundação Renova, em Belo Horizonte (MG), para tratar de assuntos relacionados à reparação dos danos da bacia do rio Doce. A reunião foi demandada pelas pessoas atingidas durante o último Comitê Interfederativo (CIF), realizado nos dias 4 e 5 de abril, em Vitória (ES).
As lideranças atingidas de Governador Valadares foram Joelma Fernandes, Lanla Maria, José Alves e Alvertino Fagundes. Já as de Conselheiro Pena foram Miguelito Fernandes, Sérgio Calhau e Íris Fernandes. A Assessoria Técnica Independente - Cáritas Diocesana de Governador Valadares (ATI CDGV) acompanhou as pessoas atingidas até à sede da Fundação Renova para prestar apoio, mas assim como outras ATIs que já tinham solicitado representação, não foi autorizada a participar da reunião.
Também estiveram presentes Dr. Paulo César Vicente de Lima, coordenador da Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais (Cimos) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG); os assessores Luiz Tarcísio Gonzaga de Oliveira e Clarissa Godinho Prates da Cimos; Dr. Felipe Augusto de Barros Carvalhos, procurador do Ministério Público Federal; além dos representantes da Fundação Renova, da Área Jurídica, do PIM, Presidência, e da Ouvidoria Externa da Fundação Renova. Durante o encontro, a equipe da CIMOS mediou a mesa e apoiou as pessoas atingidas nos encaminhamentos dados.
De acordo com relatos das pessoas atingidas, foram discutidas questões como dano água, Auxílio Financeiro Emergencial (AFE), cadastro da Fundação Renova da primeira fase, paralisação do Programa de Indenização Mediada (PIM), realidade e os desafios dos ilheiros, produtores rurais e agrícolas que ainda não foram indenizados pelo PIM, construção de uma política voltada exclusivamente para o pescador profissional com a participação do MPF e MPE.
Segundo relato compartilhado por Joelma Fernandes, da Comissão Local de Atingidos de Ilha Brava, a reunião foi considerada positiva. “Foi pactuado um diálogo constante entre as Instituições de Justiça e a Fundação Renova.”
Como resultado, as pautas que foram levadas pelos atingidos, como a situação dos ilheiros, agricultores e pescadores, seriam avaliados com mais cuidado e acompanhadas pelo MPF e MPMG.
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